Marcada no imaginário caririense, a Festa da Santa Cruz da Baixa Rasa completa 105 anos de existência nesta sexta-feira, 25. O evento, contará com a presença de cerca de 500 cavaleiros, além da Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto e da Lapinha da Mestra Zulene Galdino. A concentração acontece a partir das 9h, em frente a capela do Lameiro. A missa será às 10h, e ao meio-dia, acontece a reza do terço.
A tradicional Festa da Santa Cruz da Baixa Rasa reúne milhares de devotos todos os anos. A caminhada passou a ser tradicional no calendário festivo e religioso da cidade, marcando uma tradição centenária. No local, os participantes, após a caminhada romeira, podem além de visitar o túmulo do lendário cavaleiro, pagar suas promessas e fazer suas orações.
A Comemoração se faz em torno da história da coragem e fé do vaqueiro que, atravessando a região com seu cavalo, se perdeu na Chapada do Araripe. O homem, então, parou para descansar e pediu socorro aos céus, para que alguém aparecesse e o salvasse da fome e da sede. Reza a lenda que seu corpo resistiu por dias e num dos últimos suspiros foi notado por um grupo de homens montados em burros e cavalos. Infelizmente já não havia mais batimentos cardíacos no corpo do sertanejo que, ali mesmo, foi sepultado. A cruz posta sobre ele é a responsável pela fé dos milhares de devotos que comparecem anualmente para prestigiar e pedir milagres ao vaqueiro da Santa Cruz da Baixa Rasa.
Na última terça-feira, uma equipe de organização esteve reunida. O ICMBio, Associação dos Moradores do Bairro Lameiro e Associação dos Cavaleiros, debateram a logística da festa e a divisão de responsabilidades.
Ficou decidido este ano, que o acesso da casa do Caçua até o local das festividades será feito a pé. Não é permitida a entrada de carros. Os idosos serão transportados por uma van até lá. No local, terá apresentações de grupos de tradição popular e ainda a tradicional festa.
Foto Jackson Bantim
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